Damos sequência ao texto produzido por uma aluna focada
nos estudos, atenta, curiosa e que tem amor aos livros. A leitura pode
transformar o olhar e a interpretação do mundo, ao mesmo tempo que pode
expandir o universo interior. Parabéns Luíse Gauer Shulte – aluna da primeira série
do ensino médio na EEB Carlos Fries Ipira SC.
O Planeta Terra - 2ª parte
Outra questão
é sobre a idade da Terra. Muitas vezes isso pode gerar duvidas, já que o tempo
geológico é diferente do tempo social. O tempo geológico corresponde ao período
entre o início da formação do planeta (há aproximadamente 4,6 bilhões de anos)
e os dias atuais. Já o tempo social corresponde ao período entre o surgimento
dos primeiros ancestrais do ser humano (há aproximadamente 2 milhões de anos) e
os dias atuais. Mas como os cientistas podem saber há quanto tempo a Terra
existe? Ou a quanto tempo viveram os dinossauros? Ou desde quando os humanos
existem?
A descoberta
da radioatividade, no século XX, tornou possível calcular a idade das rochas e
dos fósseis. Como existe um intervalo de tempo entre a formação do planeta e a
solidificação de sua superfície (surgimento das primeiras rochas), estima-se
que ele tenha pelo menos 4,6 bilhões de anos.
Por outro
lado, para que se possa determinar a idade de matérias orgânicas, os fósseis,
utiliza-se a medição de radiação do isótopo de Carbono-14. O carbono está
presente em tudo que tem vida. 0,001% do carbono que é encontrado nos seres
vivos é o Carbono-14, que é radioativo. Quando um ser vivo morre, o Carbono-14
em seu organismo passa a perder radioatividade. Seu tempo de meia vida é muito
pequeno comparado ao do Urânio -238: apenas 5.730 anos. Basta então calcular
quantas vezes o Carbono-14 perdeu metade de sua radioatividade para saber a
idade de um fóssil. Ou seja, saber a quanto tempo aquele ser vivo morreu.
Sabendo de
tudo isso, percebemos como o tempo geológico é grande, principalmente se
comparado ao tempo social. Ocorre, então, a necessidade de dividir esse grande
tempo em partes um pouco menores. Essas partes foram chamadas de éons. O Hadeno, o Arqueano, o Proterozóico. Estes
éons, por sua vez, são divididos em eras, que são divididas em períodos, que
são divididos em épocas. Juntos, os éons Hadeno, Arqueano e Proterozóico formam
uma parte da história do planeta chamada de Pré-Cambriana. O quarto e último
éon é o Fanerozoico. O nome vem do grego faneros
(aparente) e zoico (vida). Ele é
dividido em três eras: Paleozoica, Mesozoica e Cenozoica.
Na era
Paleozoica, a ocorrência dos primeiros animais com conchas e carapaças, alguns
peixes começaram, durante um longo processo, a sair da água, resultando nos
primeiros anfíbios. Houve a formação da Pangeia, o primeiro e grande
continente. No fim dessa era, começaram a surgir os primeiros répteis. Paleozoico
vem do grego paleo (antigo) e zoico (vida).
Foi na era
Mesozoica que os dinossauros surgiram (a partir dos primeiros répteis),
dominaram todo o mundo e foram extintos. Surgiram os primeiros mamíferos e aves
e a Pangeia começa a se fragmentar. E na era Cenozoica que teve início há 65,5 milhões
de anos e dura até hoje, apareceram as diversas espécies de mamíferos, as
cadeias montanhosas, e os continentes assumem o formato atual. Os primeiros
hominídeos, considerando o tempo da Terra, surgiram há apenas 2 milhões de
anos.
Ao analisar
tudo isso, entendemos o quanto somos pequenos e insignificantes em relação à
história do planeta. E isso gera uma nova pergunta: Como, em tão pouco tempo,
conseguimos prejudicar tanto o Planeta Terra? Se todas as pessoas pensassem
nesse assunto e chegassem a conclusão de que, se foram capazes de prejudicar,
também podem ser capazes de ajudar, e talvez, assim todos nós poderíamos restaurá-lo
e deixá-lo nas mesmas condições de quando o encontramos, há 2 milhões de anos:
sem poluição, sem desmatamento e também, sem as coisas erradas que a nossa ganância
nos levou a fazer.
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