quinta-feira, 20 de setembro de 2018

O Planeta Terra – 1ª parte


Tenho a imensa satisfação de compartilhar neste espaço a produção de texto da aluna Luíse Gauer Shulte – aluna 1ª série do Ensino Médio a partir dos conteúdos abordados no bimestre, com base nos textos do livro didático GEOGRAFIA Contextos e Redes. Cap. 5).

                                        O Planeta Terra – 1ª parte

Qual é a origem do universo? Em que momento de sua história surgiu o Planeta Terra? Como isso aconteceu? Há quanto tempo? Desde quando nós humanos, fazemos parte de tudo isso? A muito, muito tempo, as pessoas se fazem essas perguntas. Trata-se de um assunto que desperta curiosidade e fascínio. 
As primeiras tentavas de explicar essas questões foram através das mitologias. Nelas, a criação do universo e do Planeta Terra é atribuída a divindades. O mito grego, por exemplo, diz que no começo não havia nada. Esse nada era personificado pelo deus Caos. Ao se sentir muito sozinho, Caos criou a deusa Gaia, que representava a Terra. Gaia, por sua vez, criou Urano, o deus do céu. Gaia e Urano então tiveram muitos filhos. Esses filhos também tiveram filhos. Todos esses deuses e deusas fizeram com que surgisse tudo o que conhecemos: o Sol, a Lua, os oceanos, as florestas, e os próprios humanos.
Por muitos séculos acreditou-se que a Terra era uma superfície plana e que tudo o que viam no céu girava ao seu redor, enquanto ela ficava parada (teoria do Geocentrismo). Os primeiros registros que contestaram a ideia de que a Terra era plana são da Grécia Antiga, entre os séculos V e VI a.C., onde matemáticos e astrônomos desenvolveram observações e cálculos nesse sentido. O maior exemplo disto foram os estudos do grego Eratóstenes. Ele percebeu que, ao meio-dia do dia do solstício de verão, os raios de sol iluminavam completamente o fundo de um poço em Siena (no sul do Egito), mas que isso não acontecia em Alexandria (no norte do Egito), sob as mesmas condições. Com isso, ele concluiu que a Terra era esférica e conseguiu calcular sua circunferência, medindo a distância entre as cidades e a diferença do ângulo de incidência dos raios solares. Eratóstenes obteve como resultado 39.700 km (hoje sabemos que, na verdade, este número é 40.008 km. Mesmo assim, é impressionante o quão perto ele chegou).
Havia também maneiras mais fáceis de perceber a curvatura da Terra para aqueles que não eram matemáticos ou astrônomos. Um navio partia do porto e, depois de percorrer uma certa distância, desaparecia no horizonte, coisa que só é possível porque a Terra é esférica. Possuir essa noção tornou os mapas e as cartas de navegação muito mais precisas. Com a evolução da tecnologia, os humanos foram concretizando ou descartando várias de suas teorias. Desde a ida do primeiro ser humano para o espaço (Yuri Gagarin, em 1961) até a construção de satélites para os mais diversos fins, temos finalmente certeza de que a Terra é esférica, pois vimos com nossos próprios olhos. Hoje, é comum para nós a imagem da Terra vista do espaço.
Atualmente, sabemos que a Terra e tudo que há nela, resulta de vários processos em constante interação. Nesses processos atuam diversos fatores, responsáveis por tornar o Planeta diferente de todos os outros no universo que conhecemos, o que o torna especial. A distância em que a Terra está do Sol determina a temperatura. Um pouco mais perto e seria quente demais. Um pouco mais longe e seria frio demais. Portanto, a distância entre a Terra e o sol permite que a temperatura seja ideal para que haja água em estado líquido. Ou seja, ideal para a vida.
Outros fatores a considerar: a gravidade, que nos segura na superfície terrestre; a rotação do planeta que promove alternância de temperatura para que não haja lugares sem calor e luz do sol e lugares que os recebam em excesso; as plantas, que nos proporcionam uma atmosfera rica em oxigênio; os movimentos geológicos (por incrível que pareça, as erupções vulcânicas e os terremotos, que hoje causam tanto estrago, foram fundamentais para a formação do planeta , pois promoveram a circulação de componentes químicos essenciais para o surgimento da vida. Se tudo estivesse agrupado em um único e estático bloco, a vida poderia não ter acontecido).
Saber de todo processo é uma maneira de compreender como o nosso mundo funciona, e de como devemos agir para manter a preservação dele. Quanto mais estudamos a formação da terra, mais conseguimos percebê-la ao nosso redor. A paisagem observada atualmente é resultado das mudanças que ocorreram ao longo de milhares de anos, devido ao movimento da natureza terrestre e mais recentemente, a partir da ação humana.


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