sábado, 10 de outubro de 2009

Reflexões que permeiam as mentes.

Os desequilíbrios ambientais estão ficando evidentes. As alterações bruscas no tempo estão influenciando diretamente os climas, nas mais diversas partes do globo. São conseqüências da evolução do planeta? Ou são respostas aos seres humanos do descaso com a falta de cuidados e a exploração do lugar onde foram abrigados? O que está ao alcance da ciência para que sejam desvendados todos estes episódios catastróficos? Quais são as mensagens que devem ser lidas por toda humanidade? São reflexões que permeiam as mentes e que suscitam novas atitudes.
Os jovens também são provocados a questionar e refletir. Logo abaixo segue um texto, parte de um estudo realizado com os alunos do ensino médio da segunda série. (Prof Raquel)

Marcas da destruição.
Por Aline Engelmann

O século XXI chegou e as marcas da destruição desordenada da natureza estão cada vez mais preocupantes. Os impactos ambientais eram muito pequenos no início da história do homem. O aumento populacional e o desenvolvimento tecnológico, no decorrer do tempo, intensificaram rapidamente a dimensão desses impactos. Na natureza existe uma harmonia nas relações entre os seres vivos e o meio ambiente. É o chamado equilíbrio ecológico, e o homem quebrando essa harmonia provoca os impactos ambientais.

É verdade que a própria natureza, com erupções vulcânicas, terremotos, furacões, maremotos, também provocam grandes estragos no meio ambiente. Mas é preciso lembrar que muitas vezes, ela responde as agressões que são submetidas pelo homem. Tempestades ou secas rigorosas ocorrem em virtude das mudanças climáticas decorrentes dos desmatamentos. E o uso inadequado dos solos para a agricultura tem aumentado o processo de desertificação em quase todos os continentes.

Sem dúvida, a chamada sociedade de consumo, que se formou a partir do modelo capitalista, na qual, para ser feliz não basta consumir o necessário, mas, se possível, também o supérfluo, acabou com as relações do homem com o meio ambiente. Passando assim a enxergar a natureza como um simples depósito de matérias-primas, e explorá-la de uma forma descontrolada, em busca apenas do seu conforto.

Mas como já sabemos, a industrialização foi o que mais acelerou o processo de destruição da natureza. Com a revolução industrial e a revolução tecnológica, o homem não é mais submetido ao meio natural. Desenvolveu técnicas para vencer os obstáculos naturais e explorar os recursos que o meio ambiente lhe oferece.

O homem desconhecendo ou simplesmente ignorando que os recursos naturais são findáveis explora a natureza além dos seus limites, desrespeitando qualquer forma de recuperação. Mas toda essa agressão à natureza não ficou impune. Os inúmeros impactos ambientais que vem ocorrendo ao longo da história, ameaçam não só a sobrevivência do homem, como os demais seres vivos da Terra.

Exemplo disso está o nosso bem mais precioso. Água fonte da nossa sobrevivência. Existem dados que mostram que apenas 0,44% da água disponível hoje no nosso planeta podem ser aproveitados pelo homem, que em 2025 vamos ter que sobreviver com apenas 50 litros de água e ainda de má qualidade por dia, e que em alguns anos a água será mais cara que a gasolina. Nem assim somos capazes de nos dar conta do tamanho da sua importância, de como ela deve ser preservada.

A situação está se agravando cada vez mais, e as pessoas continuam a pensar que esse é um problema futuro. O que mais será preciso acontecer para que ocorra uma conscientização geral da humanidade?